domingo, 17 de agosto de 2008

Ainda sobre o facto de o óleo Vêgê fritar durante 21 horas

O tempo é mais persistente que o óleo Vêgê (o Dalì é que sabia). Eles bem se esforçaram, bem tentaram e aquilo não aguentou mais que 21 horas. Já o tempo, esse sacana, teve todo o tempo do mundo para aperfeiçoar o método da fritura. Ele frita aos poucos, sem que os objectos/sujeitos a fritar se apercebam do facto de estarem a ser fritos. O tempo, esse sacana, consegue fritar eternamente.

3 comentários:

hfm disse...

O tempo esse escultor!

Gasolina disse...

Eterna e dolorosamente.
Aliás, começa a doer mesmo e a empolar quando os fritos se apercebem de que estão de molho no óleo.

A questão é: Como escapar? Como doer menos?
Se se agitarem respingam tudo fazendo queimar o cenário ao redor; se se mantiverem quietos ardem lenta passando pelas várias etapas, escaldão, cozedura e abrasão.

Então como fazer?
Nadar? Dourando de todos os lados?...

beijo para ti.
Sempre bom ler-te. Ou reler-te que já por aqui tinha vindo noutros dias.

FavaRica disse...

Há sempre tanto a dizer sobre o tempo...