domingo, 19 de agosto de 2007

Uma questão ocular

Olhas-te ao espelho,
A cara enrugada pelo tempo,
A pele ressequida pela erosão das horas.

Olhas a vida,
Sabes que a existência
Será sempre o que foi.

Olhas a tua mulher,
Recordas-te tenuemente dos laivos de paixão
Que te invadiram nos teus tempos de juventude.

Olhas para dentro de ti,
Para além das tuas entranhas
E o que vês?

11 comentários:

astuto disse...

Muitos de nós vêem um projecto de vida que nunca chegou a ser uma obra executada... Infelizmente, a juventudo fica com os sonhos...

Cumprimentos.

Mateso disse...

Vês tudo o que quiseste ver e aqueloutr que ignoraste.
Bj.

Marta disse...

Aquilo que vês dependerá sempre daquilo que sentes!

beijo

Anónimo disse...

Sinceramente dá que pensar...
O que "vejo" deve depender dos dias e da vida que levei... Mas, acima de tudo "vejo" vida, a vida que vai passando, pulsando a ritmos diferentes, trazendo sabores ácidos e doces, cabelos de sabedoria, rugas de preocupações, marcas de euforias...

Ácido Cloridrix HCL disse...

Hummm,,, quando olho para a minha mulher vejo uma chavala perdida de boa que me dá vontade de trepar a toda a hora!!!!
OK,,,para já,,,, venho informar que estão respondidos e anexados ao Dicionário do Sexo todos os comentários às letras A, B e C (Abstinência. Bisexualidade e Cunilingus),,,,, e que abrimos mais um debate na Letra D – “Disfunção Eréctil”, esse mal que atormenta tantos homens mas que muitos não querem assumir!!!! Como sempre, gostaríamos de ter o teu sábio comentário e voto na matéria….. Obrigado,,,, HCL …. Link: http://sexohumorprazer.blogspot.com/2007/08/dicionrio-do-sexo.html

delusions disse...

...uma grande questão ocular...de facto deixa a quest_ionar...

Bjs*

hfm disse...

Belo olhar onde cabe o infinito.

Gasolina disse...

Dificil.
Duro.
Sem retrocesso.
Assim é olharmos para dentro de nós.

Tão bom na prosa quanto és na Poesia.
Gostei muito mesmo.

Beijo, fica bem

Anónimo disse...

Hum...as vezes depende do espelho...mas a frustração é sem duvida uma presença mais assídua do que aquilo que gostaria.

Kiss

Anónimo disse...

Não vejo, já que não ouso. Certas coisas devem remeter-se para si mesmas. Sem adivinhas ou augúrios; mesmo que do próprio. Que me vejam por mim. Eu cá acho melhor, por bem, ir sendo; é já é, talvez e por ora, o suficiente.

vieira calado disse...

E não só. Você está a falar do tempo.
E o tempo é a única coisa que é verdadeiramente nossa, agarrada a nós. E que há-de morrer conosco.
Um abraço.